quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Memorial: O processo de Aquisição da Leitura e Linguagem Escrita

Ady Martins de Carvalho


Fui para a escola com cinco anos de idade, aquele momento para mim, foi mágico e inesquecível, por que desde os três ou quatro anos sentia vontade de estudar numa escola colorida, com uma professora elegante que falasse bem. Ao chegar à Unidade Escolar não encontrei a escola dos meus sonhos e nem a professora elegante e sim um professor que era padre, mesmo assim, não fiquei decepcionada, pois ele transmitia o conteúdo com segurança, lia em voz alta livros diversos inclusive religiosos, era atencioso comigo que já reconhecia todas as letras com o acompanhamento da minha irmã mais velha e o auxílio da cartilha “ABC”, doada por ela.
Sendo assim, naquele ano letivo estudamos usando a Cartilha do “ABC”, que consistia em associar, juntar as letras, formar sílabas e agrupá-las para formar palavras; escrever nomes dos objetos conhecidos do dia-a-dia, facilitando a nossa compreensão e assimilação, mesmo que mecânica.
Logo depois, eu começara a ler, fui introduzida no mundo dos contos infantis, no qual, eu pude conhecer contos como: Chapeuzinho Vermelho, a Branca de Neve e os Sete Anões, Pinóquio, dentre outros. Ao mesmo tempo em que conhecia os contos de fadas, entrei para o mundo da literatura de cordel, pois tinha um senhor que vendia esses livrinhos numa esteira na praça da minha cidade e, eu sempre pedia ao meu pai para comprá-los.
Sendo inesquecível o livrinho que contava a história de “Cecília e o Pavão Misterioso”, a história era linda e, eu ouvia e lia várias vezes, essa foi marcante para mim. Esses momentos eram mágicos, pois, a entonação e a representação dos personagens que o professor fazia nos encantavam, ficaria horas se preciso fosse só ouvindo-o, vendo-o e, imaginando. Tenho saudades daquele tempo de escola, ao refletir sobre o meu processo de aquisição da leitura, percebo que sempre gostei da mesma, por que fui introduzida nele com encanto, prazer, dedicação e muito gosto.
Além disso, o material utilizado por nós naquela época dava conta de suprir nossa demanda, tínhamos nosso caderno e nossa cartilha do “ABC”, um método de alfabetização em evidência. Não me lembro se algum colega ficou sem ser alfabetizado, pois, todos os alunos eram cobrados e, exigido o quinhão de esforço.
No entanto, apesar do professor ser rígido com os demais colegas, isso não acontecia comigo, pois, sempre fui uma aluna muito disciplinada e estudiosa, por esse motivo sempre era presenteada com caixa de lápis, livros bíblicos, bonecas, e, também era convidada para ir à igreja fazer a leitura dos folhetos bíblicos. Neste momento, lembro-me de Dona Raquel e Dona Carlota (ambas falecidas) que ficavam maravilhadas com a desenvoltura e entonação da leitura feita por mim. O padre, que era o meu professor, dizia-me que as senhoras sempre o pediam para convidar-me.
Com isso, inferimos que a formação de nosso Professor, aliado a sua capacitação e experiência foi fundamental, para que tivéssemos naquela época, facilidade e prazer em adentrar ao mundo da leitura, coisa que constato hoje em observações aleatórias, não acontece em determinadas escolas e nem no olhar de muitos alunos.
Não compreendo o que faz um aluno percorrer três e/ou quatro anos numa escola sem aprender a ler e/ou escrever. Onde está o problema? No material didático? Na formação e experiência do professor? Na sociedade contemporânea que não valoriza mais o conhecimento acadêmico? Por que as famílias mais carentes hoje são as mais negligentes com a vida intelectual de seus filhos? No meu tempo, era o contrário, nós (humildes) tínhamos que ir à escola para nos tornar gente de respeito e valor, conseguir um emprego digno e um futuro promissor (fala de minha mãe).
Além do mais, vê-se que a sociedade passa por grandes mudanças e conflitos, que afeta as relações sociais, das pessoas com as instituições, ou vice-versa. Não podemos ignorar que a demanda social hoje é diferente, bem como, o material e o professor, pois o aluno daquela época não existe também.
Atualmente, tenho feito muitas outras leituras desde literatura brasileira (Aloísio de Azevedo, Machado de Assis, Castro Alves, Raquel de Queiroz, dentre outros) à artigo e/ou tratado cientifico (como: Piaget, Vygotsky, Wallon, Freud, Paulo Freire, Idalberto Chiavenato, Skinner, entre outros), visando conhecer e agregar valor à minha formação enquanto Pedagoga e, especialista em Gestão de Pessoas.
Assim sendo, a leitura na minha vida e, em casa tem uma função social, prazerosa, pois, divido o cultivo de hábito com meus filhos e esposo desta forma, que a leitura deve ser encarada, não como punição, castigo e/ou para o sujeito se dar bem em algum exame, mas pelo fato de que a mesma faz bem para a alma e para o espírito.
Com o advento das novas tecnologias muitas mídias impressas surgem, focando vários públicos, principalmente, o infanto-juvenil, o que possibilita às crianças terem acesso a informações por meio de revistas e jornais especializados.
Portanto, vê-se que falta muito para conseguirmos nos tornar uma sociedade de pessoas leitoras, na qual o analfabetismo seja apenas uma lembrança ruim. Buscar alternativas metodológicas que supram as necessidades das pessoas que querem e precisam ser alfabetizadas, isto é, ser inseridas no mundo da leitura e da escrita, conhecedoras de seus direitos e deveres, deve ser a meta da sociedade civil brasileira.

Postado por: Rosa Maria Olímpio Formadora Gestar/UnB

Caros Professores: Uma música, uma poesia!




Postado pela professora

Rosa Maria Olímpio
Formadora/Gestar UnB

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Língua Portuguesa: Sugestão de sites

1.Atlas Lingüístico do Brasil
http://www.alib.ufba.br/programas.asp

2.corpus representativo da língua portuguesa no século XIX.
http://www.linguaportuguesajf.com.br/

3.Persée
http://www.persee.fr/
Site público com algumas das principais revistas francesas de linguística (todos os números e edições integrais)

4.Estudos Enunciativos da Linguagem

Site do grupo desenvolvido junto à UFRGS, e coordenado pelos professores Dr. Valdir
do Nascimento Flores e Dra. Carmem Luci da Costa Silva.
http://www6.ufrgs.br/eenunciativos/
5.O Projeto Vertentes do Português Rural do Estado da Bahia
http://www.vertentes.ufba.br

6. Journal of Portuguese Linguistics
http://www.fl.ul.pt/revistas/JPL/JPLweb.htm
7.Site de Psicolingüística
http://www.fcsh.unl.pt/psicolinguistica/index.htm

8.Instituto Brasileiro de Fluência - IBF

Site: http://www.gagueira.org.br
9.Forma Livre
Blog de Lingüística

http://www.formalivre.com/


10.Biblioteca Virtual das Ciências da Linguagem no Brasil
http://www.labeurb.unicamp.br/bvclb/pages/home/lerPagina.bv?id=1


11.CAMINHOS DA LÍNGUA
Caminhos da Língua - o portal da língua brasileira

http://www.caminhosdalingua.com/


12.SOLETRAS
http://www.filologia.org.br/soletras/

SOLETRAS é a Revista do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, locado na Faculdade de Formação de Professores (Campus de São Gonçalo), nascida no segundo semestre do ano 2000, juntamente com a criação da Coordenação de Publicações e sua periodização é semestral, com o primeiro número a ser publicado até o final do primeiro período letivo do ano acadêmico da universidade (junho ou julho) e o segundo no final do segundo período (novembro ou dezembro).


13.Enduring VoicesSaving Disappearing Languages
Nearly 80 percent of the world's population speaks only one percent of its languages. When the last speaker of a language dies, the world loses the knowledge that was contained in that language. The goal of the Enduring Voices Project is to document endangered languages and prevent language extinction by identifying the most crucial areas where languages are endangered and embarking on expeditions to:

http://www.nationalgeographic.com/mission/enduringvoices/

14.Linguistics Calendar
http://www.ling.su.se/staff/parkvall/Calendar.html

15.SALA - Sociedade de Lingüística Aplicada
http://www.sala.org.br/site/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1

16.Linguateca
O objectivo da Linguateca, um centro de recursos -- distribuído -- para o processamento computacional da língua portuguesa
http://www.linguateca.pt/

17.Observatório da Língua Portuguesa
O primeiro passo no processo de criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe -, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney. Na reunião, decidiu-se criar o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que se ocupa da promoção e difusão do idioma comum da Comunidade.
http://www.observatoriolp.com/

18.Português do Brasil

http://www.portuguesdobrasil.net/

19.ReVEL
A Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL - é uma publicação totalmente eletrônica (acessível exclusivamente através da Internet), sem fins lucrativos, que visa à divulgação do conhecimento científico acerca dos estudos lingüísticos, especialmente do Brasil. A ReVEL é a primeira revista de Lingüística exclusivamente on-line com periodicidade regular no Brasil.

http://www.revel.inf.br/

20.Language Bar
Blog gaúcho de Lingüística

http://languagebar.blogsome.com/

21.iLoveLanguages!

iLoveLanguages is a comprehensive catalog of language-related Internet resources. The more than 2400 links at iLoveLanguages have been hand-reviewed to bring you the best language links the Web has to offer. Whether you're looking for online language lessons, translating dictionaries, native literature, translation services, software, language schools, or just a little information on a language you've heard about, iLoveLanguages probably has something to suit your needs.


http://www.ilovelanguages.com


Postado pela professora Rosa Maria Olímpio
Formadora Gestar/UnB

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Professores Baianos

Caros professores baianos,

à vocês meu afetuoso abraço e
antecipadas saudades deste encontro
de educadores!
Que nos caminhos da vida, nossos passos
nos levem a um lugar comum.

Rosa Maria Olímpio
UnB/Gestar

Filosofia no cotidiano Rubem Alves

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Kremesse

Kremesse/ Olegário Mariano

Foi um dia de kremesse.
Depois de rezá três prece
Pra que os santo me ajudasse,
Deus quis que nós se encontrasse
Pra que nós dois se queresse,
Pra que nós dois se gostasse.


Inté os sinos dizia
Na matriz da freguezia
Que embora o tempo corresse,
Que embora o tempo passasse,
Que nós sempre se queresse,
Que nós sempre se gostasse.


Um dia, na feira, eu disse
Com a voz cheia de meiguice
Nos teus ouvido, bem doce:
Rosinha si eu te falasse...
Si eu te beijasse na face...
Tu me dás-se um beijo? — Dou-se.


E toda a vez que nos vemo,
A um só tempo perguntemo
Tu a mim, eu a vancê:
Quando é que nós se casemo,
Nós que tanto se queremo,
Pro que esperamos pro quê?


Vancê não falou comigo
E eu com vancê, pro castigo,
Deixei de falá também,
Mas, no decorrê dos dia,
Vancê mais bem me queria
E eu mais te queria bem.


— Cabôco, vancê não presta,
Vancê tem ruga na testa,
Veneno no coração.
— Rosinha, vancê me xinga,
Morde a surucucutinga,
Mas fica o rasto no chão.


E de uma vez, (bem me lembro!)
Resto de safra... Dezembro...
Os carro afundando o chão.
Veio um home da cidade
E ao curuné Zé Trindade
Foi pedi a sua mão.


Peguei no meu cravinote
Dei quatro ou cinco pinote
Burricido como o quê,
Jurgando, antes não jurgasse,
Que tu de mim não gostasse,
Quando eu só amo a vancê.


Esperei outra kremesse
Que o seu vigário viesse
Pra que nós dois se casasse.
Mas Deus não quis que assim sesse
Pro mais que nós se queresse
Pro mais que nós se gostasse.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mestres baianos! Reenvio de mensagem

Queridos formadores



Está se aproximando a data de nosso encontro.Nos encontraremos nos dias 03 e 04 de dezembro.Aqui estão algumas orientações sobre os passos a serem cumpridos no Seminário de Avaliação.
Serão dois dias de avaliação e não mais de formação, como nas semanas anteriores. Portanto, não teremos mais curso e sim as apresentações de vocês. Para a certificação, farei a mediação das apresentações e a avaliação do que foi solicitado ao longo do ano.

Para isso, vocês devem levar o resultado do que produziram com os cursistas. Isso pode ser em formato de banner, cartaz, powerpoint, etc.

Lembrem-se de que cada formador/coordenador terá APENAS 20 minutos para a exposição oral do que sintetizou para o evento. O uso desse tempo será também objeto de avaliação, pois a habilidade de síntese e a escolha do recurso para a apresentação farão parte do processo avaliativo.

No seminário, vocês deverão levar seus portfólios, com tudo que fizeram até esse dia: aulas preparadas, orientação dos projetos, resultados nas escolas dos seus cursitas, projetos dos cursistas, problemas, fracassos, sucessos, etc, além da biografia, memorial de leitor e auto-avaliação. Assim comprovarão que :

I) executaram as oficinas,

II) recolheram e avaliaram o produto dos cursistas com relação às lições de casa e

III) orientaram o projeto do cursista, que deverá ser apresentado como produto no final do programa ao formador, que, por sua vez, nos apresentará como fruto do seu trabalho de orientação.

Lembro que o portifólio pode ser apresentado em formato digital do tipo blog, em CD, DVD ou impresso e é ele que será avaliado acima de tudo.

Caso haja espaço para atividade coletiva, a tarde do segundo dia será destinada para apresentações em conjunto com a Matemática.

Podemos fazer um momento de confraternização e troca de lembranças em um amigo secreto sorteado na hora. Para isso, levem algo para presentear um colega. Algo que lembre sua cidade, por exemplo.

Podemos também fazer uma mostra de trabalhos significativos. Não se esqueçam das câmeras fotográficas para registrarmos esse momento.

Caminhemos! Se houver dúvidas, me escrevam!

Estou certa de que se o Gestar tem sido um sucesso anunciado e se chegamos até aqui é porque vocês vêm conduzindo, em seus municípios, um dos programas de Educação mais efetivos do MEC, por isso estou ansiosa para ouvir os depoimentos e conhecer um pouco mais de seus cursistas e alunos.


Um grande abraço,
Rosa Maria

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Gestar II Mais orientações

Nós precisamos saber como o GESTAR aconteceu, qual a avaliação que os professores fizeram do programa, quais os pontos deveriam ser melhor trabalhados numa outra versão do programa, quais os pontos fortes.

O que mais marcou e que tipo de semente ficou para os professores continuarem o trabalho com autonomia.

Bem,

Temos sempre que lembrar que são dois cursos

1 da UnB - que faz a formação dos formadores
2 do Estado - que faz a formação de seus professores in loco.

Então,

Há critérios do Estado que nós não podemos definir, por isso, eu digo como eu vou fazer e cobrar para vocês se organizarem com os trabalhos finais de vocês para colher as informações para levar para mim.

Eu vou avaliar por meio de

Frequência dos formadores
Portifólio, que a maioria fez blog e estão em dias.
Seminário.

Eu vou averiguar:

Se o formador realmente tem turma
se os conhecimentos ministrados no curso foram de fato aplicados com eficiência
se houve a reflexão sobre a prática durante as oficinas
se o curso privilegiou a reflexão sobre a prática ou se privilegiou a teoria em detrimento da prática.
ou se não discutiu os problemas dos alunos
se discutiu como começou a resolvê-los.

No meu caso não vou recolher os portifólios pois os meus formadores todos tem blogs.
Caso algum não apresente blog no dia do seminário eu exigirei que me envie o portifólio.

Acredito que essas devem ser a orientações que podem nortear o planejamento das oficinas de avaliação.

Um abraço
Rosa Maria

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Professora Rita

Rita,

Já lhe enviei um e-mail.
Você levará para avaliação as atividades realizadas.
Não importa quantas! Para a avaliação necessitamos de
qualidade e não de quantidade. Queremos uma amostragem
da realização de seu trabalho como formadora. É isso.
Espero que as respostas às dúvidas,no texto abaixo,
tenham respondido aos seus questionamentos.
Continue exercendo esse trabalho brilhante!
Afetuoso abraço,
Rosa Maria

" Só desperta paixão de aprender,
Quem tem paixão de ensinar."

Rubem Alves

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dúvidas!!!

Caros formadores,
Respondendo à dúvida de uma formadora,
encaminho a vocês esses esclarecimentos:

Realmente todas nós, eu, vocês formadores e os cursistas, deveremos
montar um portfólio com todas as atividades desenvolvidas.
Sugerimos que poderia ser o blog, lembra-se?
Mas os formadores que fizeram o portfólio impresso deverão levá-lo.
Solicito ainda que levem pelo menos 03 portfólios de cada cursista.
Eu os avaliarei e devolverei a vocês!
Abraço,
Rosa Maria

domingo, 1 de novembro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Professores baianos

Meus queridos,

Todos os dias são nossos. O exercício de educar é tarefa diária.
Porém hoje vamos juntos agradecer o especial talento do qual fomos
dotados!
Sigamos desenhando nosso caminho com as cores e as formas
ditadas pelo amor.



" Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais..." (Rubem Alves)

Afetuoso abraço,
Rosa Maria

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

GESTAR: Relatório Irecê BA

Relatório: Programa de Gestão da Aprendizagem - GESTAR II.Áreas de formação: Língua Portuguesa e Matemática.Formadores: Sandra Margarete Dourado Castro (Língua Portuguesa).Marcos Paulo da Silva Almeida (Matemática).Coordenador geral do Programa: Nailton Rocha.Coordenadora Pedagógica: Sônia Scavello.Coordenadora Local: Ady Martins de Carvalho.Escola Polo: Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães.Município: Irecê - BA.Data da oficina: 26/09/2009.Número de participantes: Língua Portuguesa - 28(vinte e oito).Matemática - 26 (vinte e seis). Foi realizada no dia 26 de setembro de 2009, no Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, município de Irecê - Bahia, a Oficina de Avaliação das Áreas de Língua Portuguesa e Matemática, iniciando às 8:00 horas com uma mensagem de acolhimento. Em seguida os cursistas entregaram as atividades realizadas em sala de aula, propostas na oficina anterior, acompanhadas de relatos de experiências, onde foi feita a dinâmica sobre avaliação. Este encontro foi voltado para a temática "Avaliação Externa", valendo lembrar que os professores além de outras leituras e participações, já haviam passados por esta discussão no encontro "Dinamizando o Currículo", realizado em Irecê de 14 à 16 de setembro de 2009.Levando em consideração este fato, os formadores fizeram uma abordagem sobre Avaliação Externa para que o professor compreenda melhor estas propostas, principalmente a Prova Brasil, trazendo dentre outras coisas relatos da história desses instrumentos( ENEM, PISA, PROVINHA BRASIL,ENCEJA, ENADE,...).Na sequência a turma foi dividida em grupos para a elaboração de itens similares ao da Prova Brasil, com algumas recomendações apresentadas pelos formadores. Foi solicitado aos professores que a cada momento da oficina, procurasse trazer do olhar dessas avaliações, um novo olhar para a prática Pedagógica. Dando continuidade, os formadores falaram sobre as teorias de Medidas TCT ( Teoria Clássica dos Testes) e TRI (Teoria de resposta ao item), com ênfase na TRI, pois esta teoria é usada nas avaliações em larga escala, onde tenho certeza que pelo olhar e a participação dos cursistas, conseguiram perceber o quanto a logística da TRI pode ser positiva , ao fazer a transposição para sala de aula. Logo em seguida as equipes formadas pelos Descritores (D1, D2,...) que já haviam recebidos inicialmente, por conta do tempo que estava esgotando, escolheram apenas um comando destes, elaborando o item que será socializado na próxima Oficina.a oficina foi encerrada às 12:20 horas.Pontos Positivos: A participação efetiva de todos os envolvidos, no desenvolvimento e produção das atividades propostas, tornando a oficina produtiva, dinâmica, envolvente e interessante.Pontos Negativos: Acredito não ter havido, pois não foram sinalizados oralmente e nem nas avaliações escritas.Atenciosamente,
Ady Martins de Carvalho Coordenadora Local do Programa.Irecê - BA.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Narradores de Javé

Sequência Didática


Projeção de Filme: Narradores de javé
Série: 8ª série do ensino fundamental
Tempo de realização: 6 aulas
Objetivos: - Refletir sobre a importância e as especificidades da linguagem oral e escrita.
- Valorizar posições distintas entre opiniões diferentes relativas ao mesmo tema.
Procedimentos:
1. Apresentação do título do filme e mobilização dos conhecimentos prévios através dos questionamentos:

a) O que vocês esperam encontrar em um filme com esse título?
b) Vocês sabem algo sobre este filme?
c) O que vocês entendem pela palavra narradores?

2. Partindo dos conhecimentos prévios dos alunos ,instigar a curiosidade
acerca do filme.


3. Convidar os alunos para assistirem ao filme


4. Discussão coletiva acerca do filme para comprovar ou não as hipóteses levantadas na primeira etapa.


5. Análise crítica (coletiva) do filme.


6. Separar os alunos em grupos e solicitar que apresentem o filme de
Formas diversificadas (Dramatização, jogral, produção de imagéticos, mímicas para apresentar situações principais do filme etc.).

7. Socialização das atividades propostas


8. Dividir a turma em dois grupos e solicitar que eles julguem o
comportamento de Antônio Bia.


8.1 Em cada grupo eles irão elaborar argumentos de acordo com o ponto
de vista que seu grupo vai defender (contra X a favor).


9. Execução do debate



10. Avaliação:
- Participação direta
- Elaboração de argumentos

Narradores de Javé

Sequência Didática


Projeção de Filme: Narradores de javé
Série: 8ª série do ensino fundamental
Tempo de realização: 6 aulas
Objetivos: - Refletir sobre a importância e as especificidades da linguagem oral e escrita.
- Valorizar posições distintas entre opiniões diferentes relativas ao mesmo tema.
Procedimentos:
1. Apresentação do título do filme e mobilização dos conhecimentos prévios através dos questionamentos:

a) O que vocês esperam encontrar em um filme com esse título?
b) Vocês sabem algo sobre este filme?
c) O que vocês entendem pela palavra narradores?

2. Partindo dos conhecimentos prévios dos alunos ,instigar a curiosidade
acerca do filme.


3. Convidar os alunos para assistirem ao filme


4. Discussão coletiva acerca do filme para comprovar ou não as hipóteses levantadas na primeira etapa.


5. Análise crítica (coletiva) do filme.


6. Separar os alunos em grupos e solicitar que apresentem o filme de
Formas diversificadas (Dramatização, jogral, produção de imagéticos, mímicas para apresentar situações principais do filme etc.).

7. Socialização das atividades propostas


8. Dividir a turma em dois grupos e solicitar que eles julguem o
comportamento de Antônio Bia.


8.1 Em cada grupo eles irão elaborar argumentos de acordo com o ponto
de vista que seu grupo vai defender (contra X a favor).


9. Execução do debate



10. Avaliação:
- Participação direta
- Elaboração de argumentos

Língua Portuguesa Francineide Ferreira da Silva,Serrinha Bahia.

O relatório em foco objetiva descrever as atividades desenvolvidas no Programa Gestar II, referente a primeira semana do mês de Setembro de 2009 pela Formadora de Língua Portuguesa Francineide Ferreira da Silva,matrículas nº 11394436-1 e 11355548-9 , município da Direc 12 Serrinha Bahia.
As oficinas do TP3 – Unidade 10 foram realizadas no dia 02/09 no turno matutino no Pólo de serrinha ( Colégio Estadual Rubem Nogueira) e no dia 03/09 nos turnos matutino e vespertino no Pólo de Conceição do Coité
( Colégio Estadual Antônio Bahia).
No que diz respeito às oficinas supracitadas as mesmas foram interessantes produtivas e conduzidas com clareza e dinamismo segundo a avaliação dos cursistas. Estes participaram ativamente e muitos afirmaram que com a primeira oficina da área sentem-se mais realizados ao participar do Programa.
Percebi claramente o envolvimento e o entusiasmo deles desde a mobilização dos conhecimentos prévios através de questionamentos pertinentes acerca dos gêneros textuais espalhados pela sala até a sistematização. Uma vez que durante toda a oficina surgiram diversos questionamentos que enriqueceram a discussão sobre gêneros. Tanto a minha mediação como formadora quanto a participação dos cursistas na referida discussão tornou a oficina rica e esclarecedora.
E as oficinas de avaliação foram realizadas no dia 16/09 no Pólo de serrinha no turno matutino e no dia 17/09 no pólo de Conceição do Coité nos turnos matutino e vespertino.
É valido salientar que as oficinas de avaliação foram proveitosas devido as riquíssimas discussões acerca do tema. Uma vez que este é bastante polêmico no contexto educacional pela complexidade do ato de avaliar e ainda pelo fato de termos muitas incertezas quanto a conduzi-lo de forma coerente e satisfatória.
Segundo a avaliação dos cursistas as oficinas foram dinâmicas, produtivas, interessantes e esclarecedoras principalmente acerca da avaliação externa. Eles asseguram que poderiam considerar a oficina em foco como um momento ímpar e significativo de reflexão acerca da avaliação como um todo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Gêneros Textuais

Relatório de Atividades- Gestar
Língua Portuguesa.

Período: agosto e setembro de 2009.


Dados pessoais:

Nome do formador: Laureci Ferreira da Silva
Matrícula: 11197573 - 0
Telefone/cel.:(71) 33215161 / 8173 - 4382
E-mail: lau.narede@hotmail.com /launarede.gestarba@gmail.com
Formação: Licenciatura em Letras Vernáculas
Especialização: Psicopedagogia Institucional e Estudos Lingüísticos e Literários

Descrição de atividades realizadas

Logo após formação com a UNB em agosto começamos a nos reunir na DIREC 1/B - GESTAR para discutir a formatação da oficina de Projeto e de Gêneros textuais e alinharmos os itens relevantes acerca da elaboração de projeto
Em seguida, passamos a nos encontrar para discutirmos a formatação da oficina de gêneros textuais e estudarmos alguns textos: gêneros textuais: Bakhtin, Marchuschi, Koch, Bazeman, Meurer e os Parâmetros Curriculares.
Partindo desse estudo, surgiram algumas discussões em torno da caracterização de gêneros textuais entre os formadores de Língua Portuguesa.
Em outro encontro, analisamos os Avançando na prática do TP3 e alguns AAAs que seriam utilizados na oficina e também nos encontramos para confeccionar o material.
Nas últimas duas semanas nos preparamos para aplicar a oficina de avaliação que aconteceu na semana de 14 a 17 de setembro.

Salvador, 19 de setembro de 2009.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Oficina do GESTAR Péricles

RELATÓRIO GESTAR II – IBIRAPITANGA – BAHIA

Aos doze dias de setembro, sábado, realizamos a segunda oficina do Programa Gestar II em Ibirapitanga. No encontro, que durou oito horas, desenvolvemos atividades bastante significativas. Nesse encontro utilizamos o TP1, com o tema “Variação lingüística”. Iniciamos com uma mensagem – O gladiador – por meio da qual incitamos o conhecimento prévio. Para complementar lemos o poema premiado pela UNEB “Fala falida, de Péricles Matias”. Em seguida, como atividade, os cursistas desenvolveram uma sequência didática sobre o tema como simulação à sala de aula. As apresentações dessas versões foram ótimas.

Em um segundo momento da oficina estudamos e apresentamos algumas teorias sobre variantes lingüísticas. Fomos auxiliados pelo material sugerido pela professora Rosinha Olimpio, da UnB. Os vídeos e textos fizeram maior sucesso entre os professores. Depois, fizemos a leitura e análise de aspectos isófonos, isótopos, isoléxicos e isomorfos dos textos “O assalto” e do texto “Quem não tem emelho, ximba!”. Finalizamos a oficina após as apresentações das análises dos textos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Meus amados formadores!

A primavera se aproxima entre chuvas, sol, lágrimas e risos.
Assim é a vida!
Conto os dias para revê-los!
Enquanto aguardamos as flores coloridas e perfumadas que hão de florescer ao longo do caminho, vamos semeando conhecimento,entusiasmo, confiança e afeto.
Confiemos no broto e na terra fértil!
Grande abraço!
Rosa Maria

Primeira Oficina

Realização do primeiro encontro com os cursistas no município de Bom Jesus da Lapa-Bahia.

Nosso primeiro encontro com os cursistas aconteceu no dia 30 de Julho de 2009. Enfim, chegou o dia da primeira oficina do Gestar II. Momento da efetivação de tudo que vinha sendo feito nos bastidores (curso de formação, divulgação do programa, preparação de material, estudo dos TP e leituras complementares. Tudo pronto: Cursistas, Formadores, material, ambiente acolhedor. Então começamos: Acolhimento, Apresentação do Roteiro, Dinâmica de apresentação, Mobilização de conhecimentos prévios, apresentação do programa, Formação de grupos, Estudo dirigido, Socialização, Apresentação dos AAA e Avaliação do trabalho realizado.
Tudo transcorreu sob um clima de expectativa e ‘vontade de aprender’ além do estabelecimento de novos encontros com o saber e as novas metodologias propostas pelo Gestar.

Rosailma Teixeira
Bom Jesus da Lapa-Bahia

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

DEFICIÊNCIAS

-
Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre. "

Mario Quintana (escritor gaúcho, 30/07/1906 - 05/05/1994)

Avaliação Diagnóstica

meus amados,
Leiam esclarecimentos sobre a avaliação.
Meu afeto,
Rosa Maria


A avaliação diagnóstica não será aplicada para posterior envio de resultados ao MEC. Ela é um instrumento do professor em sua sala de aula. Os seus resultados serão computados pelo próprio professor e, a partir deles, esse professor terá condições de saber que tipo de habilidade o seu aluno ainda não possui. Mais que isso, no caderno de orientações, que a senhora receberá até fins de setembro provavelmente, haverá um conjunto de orientações sobre cada questão, cada item, cada erro, cada acerto, de modo que o professor poderá usar o próprio material do gestar para atingir melhores resultados.
Neste momento, o professor pode (não é obrigado, portanto) aplicar a avaliação diagnóstica em suas turmas e contabilizar os acertos e erros mais comuns. Depois, após receber o caderno, poderá interpretar melhor os resultados e tomar atitudes que favoreçam o crescimento dos seus alunos.
Enfatizo que essa avaliação não tem caráter obrigatório e nem classificatório ou algo do gênero. É um instrumento do professor e de sua sala de aula apenas.
Um cordial abraço,

Prof. Dr. Dioney Gomes
Coordenador Nacional Gestar II - Língua Portuguesa

Educadores baianos!

Meus Queridos,

Sinto-me feliz pelo sucesso do trabalho de vocês!
A cada relato é possível perceber que o GESTAR está mudando
a realidade de nossos educandos.
Sucesso que só é possível ser alcançado pela competência, criatividade e sensibilidade dos educadores.

Meu respeito, meu afeto!
Rosa Maria

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Impressões pessoais sobre os encontros de formação

ENCONTROS DE FORMAÇÃO GESTAR – UNB
O GESTAR – Programa Gestão da Aprendizagem Escolar busca aprimorar as práticas pedagógicas e profissionais e uma formação permanente propiciando espaços para o aprimoramento do desempenho pessoal e profissional . Diante disso o Programa propiciou encontros de estudos aos formadores do GESTAR II - legítimos representantes do programa - para que estes, desenvolvam um trabalho de qualidade e conduzam a sua execução com competência e eficácia.
Nosso primeiro encontro aconteceu de 13.07 a 17.17.09 em Salvador, com a equipe do IAT/GESTAR e UNB, tivemos como Formadora Rosa Maria Olimpio. As oficinas foram desenvolvidas de forma interativa, trabalhando os conteúdos dos TPs relacionando os aspectos teóricos à pratica de sala de aula, compartilhando estratégias e reflexões com toda a turma. No início houve alguns percalços por conta de “diferenças”entre Formadores do Estado e do Município, pois, os Formadores do Município se sentiram perdidos nesse primeiro momento visto que os formadores do Estado , a maioria, já conhecia ou já atuaram no Programa.No decorrer das oficinas esse contratempo foi sanado e os trabalhos correram normalmente. A formadora muito competente e muito carismática conseguiu formar um espaço de trabalho coletivo. Fizemos várias produções, trabalhamos com os TPs 03, 04 e 05.Estudamos Gêneros textuais, Tipologia Textual , O processo de leitura, Coerência e Coesão Textual,Leitura,Escrita e Cultura...Assistimos ao filme Narradores de javé. O material da formadora era muito rico e foi compartilhado com toda a turma, e as atividades realizadas foram dinâmicas.
No segundo encontro , que ocorreu do dia 03.08.09 a 08.09.09, a turma já estava integrada e algumas pessoas fizeram relatos de Projetos desenvolvidos em sala de aula.Houve a explanação da Formadora, usando materiais interessantes abordando os TPs 01, 02 e 06 com abordagens sobre Linguagem e cultura, A Arte: formas e função, A Intertextualidade, Gramática: seus vários sentidos... Elaboramos roteiros para as Oficinas e realizamos atividades diversificadas e criativas
Alguns formadores de Salvador, simularam a Oficina Introdutória para todos os formadores da turma o que veio enriquecer nosso encontro .Enfim, a formadora Rosa Maria deu sua parcela de contribuição para nossa qualificação profissional e para a construção de novas possibilidades de ensino e aperfeiçoamento pessoal e profissional.

Edinea Ferreira da Silva
Formadora do GESTAR II
DIREC 28
SENHOR DO BONFIM

terça-feira, 25 de agosto de 2009

JEOVANA ALVES DE LIMA

“ A mediadora é muito agradável e segura nas suas colocações, além de ser competente. O tempo passou tão rápido que estou com saudades”.
Um cheiro!
Andréa


“ Que teremos muito trabalho pela frente, mas que este trabalho poderá nos proporcionar conhecimentos novos, com os quais será possível melhorar a nossa prática, principalmente no sentido de tornar o aluno mais crítico e atuantes”

Jeovana/ Bahia

PRIMEIRO RELATÓRIO – GESTAR II


Sou formadora de Língua Portuguesa do Programa de Formação Continuada em Serviço – Gestar II ( Gestão da Aprendizagem Escolar) com vínculo à Secretaria de Educação do Estado da Bahia, integrada à Diretoria Regional 02, Município de Feira de Santana. Como todos os formadores do Estado da Bahia, iniciei as atividades no mês de julho do corrente ano.
Ministro as oficinas para duas turmas no pólo do Colégio Estadual de Feira de Santana; cada turma possui 27 e 25 professores cursistas respectivamente, perfazendo um total de 52 educadores em formação continuada sob minha tutoria.
A primeira oficina – a Introdutória – objetivou a apresentação do Programa Gestar II através do estudo do Guia Geral e ocorreu no dia 28 de julho e a da segunda turma no dia 30 do mesmo mês e ano; a oficina como todas as que virão são planejadas por uma equipe de especialistas e formadores do Gestar II – Bahia e devem ser executadas como elaboradas, o que não elimina as diferenças de opiniões e visões dos diversos grupos.
Nesses encontros, as turmas receberam-me com muito carinho e entusiasmo, além de interesse pela proposta do programa, o que tornou as oficinas muito produtivas e dinâmicas. As atividades apresentadas foram iniciadas pelo acolhimento, uma marca do Gestar II aqui na Bahia, trabalhar as relações inter-pessoais e a afetividade, assim apresentei a Terapia do Abraço e a leitura e reflexão de um poema de Fernando Pessoa. Após, através da Dinâmica da Árvore, houve as apresentações pessoais, inclusive as indicações das expectativas dos mesmos acerca do curso. Dessa forma, foi possível perceber a importância do Programa na busca de novas posturas pedagógicas.
Em seguida, o programa fora apresentado; os documentos necessários assinados, os kits distribuídos e comentados e o Guia Geral foi estudado em grupo. Durantes a socialização as dúvidas foram esclarecidas e as idéias tornaram-se mais claras e comuns a todos os participantes, ocorreu uma maravilhosa interação e conseguimos formar não só turmas, mas com certeza equipes de trabalho e estudo para a melhoria da educação no nosso estado.
As oficinas realizadas foram agradáveis e proveitosas como indicaram muitos cursistas nas suas avaliações e cito algumas delas

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O Letal vírus G

Durante os anos em que fiz meu curso de graduação em Letras fui infectada com o
letal e extremamente nocivo vírus G. Este perigoso vírus tem sido transmitido a muitas
gerações de professores, especialmente os de português. E vem causando danos irreparáveis
a uma imensa parcela de alunos nos quatro cantos de nosso país.
Descubra caro colega, se você também foi infectado por ele e ainda não está
diagnosticado. Seus principais sintomas são: aulas focadas em tópicos gramaticais, listagemde
certo e errado na língua, listas intermináveis de exercícios, “decoreba” de regras (como por
exemplo, a da crase), reprodução da “ladainha” dos modos e tempos verbais, uso do texto
para fins específicos de um ponto gramatical, etc. Se você apresenta um ou mais destes
sintomas, sinto muito: você tambémfoi infectado pelo vírus G, ou vírus da Gramática.
Não quero dizer com isso, que ensinar gramática é um erro. Tudo depende da sua
concepção do que é e de qual gramática ensinar, é claro!
O que quero dizer é que no curso de graduação que fiz, lá no distante século passado,
havia transmissão da gramática normativa apenas. E isto causou sérios danos em meu
desempenho profissional. Pois muitas aulas meramente gramaticais eu dei. E hoje percebo
porque elas,muitas vezes, eram chatas e desmotivadoras.
Mas há antídoto para o vírus G. Só que ele começa a agir lentamente e poderá levar
muitos anos para se obter uma cura. No início do tratamento você deverá tomar doses
maciças do vírus L, ou vírus da Linguística.
Você deverá recorrer a estes estudiosos e beber diretamente em sua fonte. Ou seja,
ler muito. Estudar. Concordar. Discordar. Para com isso mudar! Reveja os Parâmetros
Curriculares Nacionais. Pesquise bibliografia na internet. Descubra Sírio Possenti, Marcos
Bagno, Ataliba Castilho, Irandé Antunes. Faça cursos de atualização legítimos. Ocupe uma
pequena parte de seu tempo extra com isso e você perceberá as mudanças na organização de
sua aula e principalmente no interesse dos alunos por ela.
Mudança. Esta é a palavra de ordem. Não teremos sucesso na transformação da escola
que todos dizemos querer, se não houver boa-vontade e interesse em mudar. Não adianta

Luciana Melo/RS em 17/07/2009

Me arde o ôi

domingo, 23 de agosto de 2009


Filha de retirantes nordestinos, pai baiano e mãe paraibana encontraram-se para dar a luz a uma paulistana. Ano de recessão e desemprego. Durante minha gestação, pai perde o emprego, trinta dias após parição é a vez da mãe, desilusão!
Quem era um, agora são três, sonhos no bolso, necessário retorno. Família em festa no interior da Bahia, chegada do filho, nora e a primeira netinha. Felicidade, família completa, sorte minha!

Livro dos Curiosos

SABE O QUE É UM PALÍNDROMO?
NÃO?!
Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.

Exemplos:

OVO, OSSO, RADAR.

O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase;
é o caso do conhecido:



SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.

Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões... Se souber de algum, acrescente e passe adiante.



ANOTARAM A DATA DA MARATONA

ASSIM A AIA IA A MISSA

A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA

A DROGA DA GORDA

A MALA NADA NA LAMA

A TORRE DA DERROTA

LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA:
ANIL É COR AZUL

O CÉU SUECO

O GALO AMA O LAGO

O LOBO AMA O BOLO

O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO

RIR, O BREVE VERBO RIR

A CARA RAJADA DA JARARACA

SAIRAM O TIO E OITO MARIAS

ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

PROFUUUUUUNDO!

ISSO É QUE É CULTURA!!!!



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Sabem o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'.
Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:


- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito

Note que todas essas repetições são dispensáveis.

Por exemplo, 'surpresa inesperada'.

Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia

Vida Maria

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Relatório de Atividades- Gestar

Período: Junho e Julho de 2009.


Dados pessoais:

Nome do formador: Laureci Ferreira da Silva
Matrícula: 11197573 - 0
Telefone/cel.:(71) 33215161 / 8173 - 4382
E-mail: lau.narede@hotmail.com /launarede.gestarba@gmail.com
Formação: Licenciatura em Letras Vernáculas
Especialização: Psicopedagogia Institucional e Estudos Lingüísticos e Literários
Descrição de atividades realizadas
No início de junho começamos a nos reunir na DIREC 1/B - GESTAR para discutir a formatação da oficina Introdutória para alinharmos os itens relevantes acerca do Guia Geral. As discussões foram muito válidas, pois discutimos o Guia Geral, as atividades referentes à oficina, bem como os instrumentos de avaliação do “Avançando na prática” e projeto.
Em seguida, passamos a nos encontrar para discutir a formatação da oficina de projeto e material de suporte teórico sobre o assunto.Estudamos alguns textos:Projeto Pedagógico:um estudo introdutório (Maria Adélia Teixeira Baffi),Projeto:uma nova cultura de aprendizagem (Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida),Os Parâmetros Curriculares e o projeto educativo da escola. Além desses textos, estudamos também Pedagogia dos Projetos. Etapas, papéis e atores (p.57 a 97).
Partindo desse estudo, surgiram algumas discussões em torno de tema e assunto/temática/problemática. Essa discussão ocorreu entre os formadores de Língua Portuguesa durante dois encontros.
A formatação da oficina de apresentação do Programa (Introdutória), já está pronta. Estamos esperando a autorização dos responsáveis para que possamos iniciar os nossos trabalho com os cursistas. Enquanto isso estamos confeccionando o material que será utilizado.
Enquanto isso não acontece, continuamos discutindo o material sobre projeto e pesquisando mais textos que possam embasar o nosso trabalho.
Salvador,20 de julho de 2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

chão cor-de-rosa. memorial de Rosa Maria

“Entre o sono e o sonho/entre mim e o que em mim é o que eu me suponho/
corre um rio sem fim.” (Fernando Pessoa)


As leituras que tenho feito ao longo do caminho é que me possibilitam a escritura desse texto. Quantas vezes temos que nos reportar aos livros para sustentar nosso dizer e nosso fazer como educadores?
Falar de minhas experiências com a leitura é falar de amor e de muita dor. É tocar o dedo nas feridas.
Como começar?
Começo do fim?
Não é melhor começar pelo início. Ao final vejo como amarro esse tecido textual com o tecido da minha vida. Ambos se confundem, enlaçam fios e cores numa tessitura única. Porque assim é cada vida. Assim é cada ser.
Eu fui atrás das letras. Segui uma trilha solitária.
E as encontrei. Elas sorriram para mim e jamais me abandonaram.
Foi por volta dos meus 4 ou 5 anos. Minhas irmãs iam para a escola e eu as acompanhava de longe. Se me vissem não me deixariam ir. A escola era uma casa. A professora era a dona da casa. Aprendera a ler e ensinava as crianças dela e as crianças das fazendas vizinhas. Eu ficava do lado de fora. Tudo que a professora falava lá dentro eu repetia baixinho: ma-ta, ta-tu... O quadro negro era feito de tábuas. Ela copiava lá e eu escrevia no chão duro, de terra batida, com um pedaço de pau. Lembro-me do dia que aprendi o R maiúsculo. O R de Rosa.
Primeira leitura foi em uma lata que minha mãe guardava polvilho. Eu li: “Óleo de amendoim”.Guardei segredo.
Guardar segredo desse momento mágico! Por quê?
É que certo dia estava no quarto folheando os livros de minhas irmãs, as cartilhas, e uma delas viu e saiu correndo e gritando meu pai. Levei uma surra. Estava proibida de mexer nos objetos de escola delas. Objetos de desejo. Como eu os desejava! Chorei muito e não dormi à noite. Eu só queria ver! Pegava escondidos pedaços de jornais e de revistas que vinham embrulhando as compras e levava para o milharal. E lá eu lia. Lia em voz alta, gesticulava. Apontava as montanhas, o céu.
Nessa época morávamos no alto da serra. Alto-Porã, município de Pedregulho, no Estado de São Paulo. Lá do alto avistava o Rio Grande e as montanhas que ficavam do outro lado do rio. Uma paisagem magnífica que jamais saiu de meus olhos e de minha alma.
Corria o ano de 1963, estava com 7 anos, quando atravessamos a ponte. Fomos morar em Uberaba, Minas Gerais. Seis meses depois de nossa mudança papai faleceu.
Fui morar com uma família. Fazia pequenos serviços domésticos em troca de comida, roupa, calçados. Em 1966, estava eu com 10 anos, quando me matricularam no Grupo Escolar.
Já no primeiro dia de aula, a professora nos deu uma cartilha. Novinha. Estava encapada com papel pardo. E eu li. Li em voz alta como se estivesse lendo para o cafezal em flor, para as montanhas. Ignorei a presença da professora, dos alunos. Finalmente eu estava na escola e tinha nas mãos uma cartilha. Foi o dia mais feliz da minha infância.
Quando acabei de ler a professora levou-me para o primeiro ano “adiantado”.
Ao final de cada ano eu ganhava um presente por ser a primeira aluna da sala. Lembro-me apenas de um que ganhei na segunda série: Um livro que veio com dedicatória da professora Áurea Celeste. “A Cabana do Pai Tomaz”. Era a triste história de um escravo em fuga.
Outra lembrança de leitura que me marcou deu-se no quarto ano. Toda sexta-feira, depois do recreio, a professora entrava na sala com um enorme livro vermelho, de capa dura, e lia uma história para nós. Rapunzel, João e o pé de feijão, A bonequinha preta... A voz suave da professora ecoava pela sala e ficou guardada para sempre em minha memória.
Concluí o ensino primário no final de 1969 com direito à solenidades de formatura. Missa, entrega de certificados e discursos políticos.
Fui oradora da turma. No meu texto fiz um breve relato sobre meu ingresso no mundo dos letrados. Lembro-me de que muito dos presentes choraram. Eu estava feliz. Só isso.
Neste momento, a lembrança desse dia dói em minha alma. Aos 13 anos, eu lia as palavras, mas não aprendera ainda a ler a vida.“Na escola primária/Ivo viu a uva/e aprendeu a ler.”
No início do ano seguinte, fui morar e trabalhar em Brasília. Era babá. Foram três anos sem ver minha família, três anos sem férias, três anos fora da escola. Lia muito. Jornais e revistas, e li ainda A moreninha, Meu pé de laranja lima, e Senhora. Escrevia cartas. Muitas cartas.
Retornei a Uberaba no final de 1973 e não cheguei a ficar um mês com a minha família.
Estava com 16 anos, e conheci meu primeiro amor Ao ficar rapaz/Ivo viu a Eva/e aprendeu a amar.
Mudei-me para Presidente Prudente, estado de São Paulo, com outra família. Era um casal e 4 filhos. Fiz o exame de admissão. Retornei à escola. Ficamos em Prudente um ano e nos mudamos para Pariquera-Açu, cidadezinha litorânea próxima a Iguape. Perdi meu grande amor sem ao menos tê-lo namorado. Trocamos centenas de cartas. Devia tê-las guardado, porque eram belíssimos poemas. Eu lia muito.A biblioteca da casa era riquíssima e estava sempre sendo atualizada.
Em meados de 1976, retornei para Uberaba. Fui morar com uma tradicional família da cidade.
Era então dama de companhia de uma senhora acamada. Ela perdera a visão por causa da doença. Das 19 às 23 horas uma funcionária me substituía para eu ir para o colégio. Fiz o colegial no COC. Numa madrugada, a senhora percebeu que estava acordada e perguntou-me o que eu estava fazendo. Disse que estava lendo um livro. Era Grande sertão: Veredas. – Veja que lindo! – eu dissera – e li um longo trecho para ela. Depois daquele dia, tornou-se rotina eu ler para ela os romances, os poemas, indicados pelos professores. Numa fria manhã de abril ela acordou sorrindo e disse que havia sonhado comigo. Perguntei-lhe como eu era em seu sonho. Ela respondeu: – Como você é. Linda! Chorei muito. Poucas horas depois ela dormiria para não mais acordar. Nessa época eu já estava na Universidade e dava aulas no COC no turno matutino. Inúmeros questionamentos foram tornando-se relevantes, fazendo com que buscasse melhor fundamentação para reflexões que, desde o início de minha formação acadêmica, surgiam como fundamentais. Tematizava a importância da linguagem na constituição de formas de significação da existência. Como diz Foucault, “é preciso compreender um acontecimento como uma relação de forças que se inverte, um poder confiscado, um vocabulário retomado e voltado contra seus utilizadores, uma dominação que se enfraquece, se amplia e se envenena e uma outra que faz entrada mascarada”. O ano era 1980. Passei a trabalhar dois períodos no colégio, no período vespertino, eu era professora “eventual”.
Casei-me no início de 1981. Nesse mesmo ano nascera minha filha Sílvia Beatriz e em 1982 nasceu meu filho, Sílvio Diogo.
De 81 a 83 dividia minha vida entre a universidade e a educação dos meus filhos. Comprava muitos livros para eles, mas à noite as histórias vinham de minha memória. E eu as contava dramatizando, cantando...
Meus filhos foram o maior legado que a vida reservou para mim. Com eles e por eles aprendi a arte de viver. Foram eles que despertaram em mim o olhar atento para o grande espetáculo da vida. Aprendi a olhar e aprendi a ver além. Muito além das aparências.
Em 1986 fiz minha primeira Especialização em Língua Portuguesa. Tive a felicidade de conhecer e de aprender com Eni Orlandi, Eduardo Guimarães, Eugênio Estevam, Maria Luiza Braga, Kanavillil Rajagopalan, Silvana Mabel Serrani. Eles vieram da Unicamp para dar as aulas no Curso. Muitas leituras. Aprendizado e vivência.
Nesse mesmo ano retornei à escola como professora do Ensino Médio. Acompanharam-me Paulo Freire, Rubem Alves, Edgar Morin, Moacir Gadotti, Pedro Demo e tantos outros estudiosos, que sustentaram minha prática pedagógica. Considerando que duas características dos discursos são a dispersão e a polissemia, concebo que conceitos e teorias são fenômenos culturais, socialmente construídos e legitimados. Assim, entendo o conhecimento não como algo a ser possuído, mas algo que se constrói de modo dinâmico e processual. Sendo assim, o rigor e a avaliação na aplicação do procedimento metodológico são fenômenos da ordem da intersubjetividade e estão vinculados à possibilidade de socializar o processo interpretativo.

Minha trajetória profissional tem estado vinculada, durante esses 22 anos, na área de educação, tendo trabalhado em todos os níveis educacionais (Educação Básica e Ensino Superior – Graduação, Projetos de Pesquisa e de Extensão). Atuei com coordenadora pedagógica da área de Língua Portuguesa. Minha experiência de docência é basicamente como professora.
Uma preocupação central em minha trajetória profissional e acadêmica tem sido vinculada à área da prática de leitura e de escrita.
Concebi que, como educadora, torna-se premente a necessidade de fazer perguntas vitais sobre nosso ofício e nosso papel, sobre nosso trabalho e nossa responsabilidade. Um discurso que pretenda uma unificação do pensamento e da perspectiva sobre determinado assunto fecha o campo de significação, tornando restritas as alternativas, fixando e naturalizando o discurso. No entanto, um projeto educativo pode ser sempre outra coisa, pode adquirir outros significados, pode incorporar outros sentidos. É possível fazer outras perguntas, definir outros problemas de outra forma. Assim, nós educadores e educadoras abrimos o campo do social e do político para a produtividade e a polissemia, para a multiplicidade e a produção de novas possibilidades.
No meu entender, a produção do conhecimento é uma atividade de construção, num tempo e espaço definidos, constituidora de uma realidade tanto objetiva quanto subjetiva, e mesmo intersubjetiva. Nesta perspectiva, a realidade é tida como um fenômeno histórico, cultural e dinâmico, e o ser humano é um produto social, ainda que não determinado. Os critérios que utilizamos para descrever, para explicar, para analisar, são produtos de nossas próprias convenções e práticas e são influenciados por nossa subjetividade, não havendo, assim, qualquer possibilidade de neutralidade.
Portanto, a pesquisa se oferece ao exame de suas próprias convenções, pois seu objetivo é dar visibilidade às opções que nela estão refletidas.
A segunda especialização foi em Lingüística Aplicada ao ensino de Língua materna. Mais uma caminhada ao lado de grandes mestres: Doutora Ormezinda Maria Ribeiro, Aya, UnB; Dr. João Bosco e Dr Cleudemar, UFU; Dra Vânia Maria Resende, USP; Dr. Carlos Brandão e tantos outros mestres. Além desses havia Vigotsky, Sírio Possenti, Bakhtin, Barthes, Kleiman...
O trabalho de conclusão foi orientado pela professora Aya. “O texto poético em sala de aula: para além do dizível”. Artigo publicado na Revista Athos&Ethos.
O caminho profissional foi sempre partilhado com a tarefa prazerosa de ser mãe.
Em minha trajetória humana fui Gata Borralheira, Cinderela, Macabéa, Ana Moura, Clarissa, Madalena (Paulo Honório).
Hoje sou mais eu. Eu mesma. A professora Rosa Maria Olimpio. A rosa do alto da serra.
Atualmente trabalho como formadora do GESTAR pela UnB, Brasília. Viajo pelo Brasil levando aos educadores a crença do programa GESTAR, que é chegar aos alunos – crianças como eu fui em minha infância – o acesso ao mundo da cidadania assegurada pela aprendizagem da leitura. Leitura da palavra. Leitura do mundo.
No fino tear do destino, teci um final feliz para a história daquela menina que de sua mais profunda solidão atravessou o rio, as montanhas e se lançou por inteira no mundo da arte, cuja matéria prima está sempre à espera de ser lapidada: a palavra
A poética da palavra como paixão criativa, que gesta discursos provocadores. Recordo-me de uma declaração de Friedrich Nietzsche, em seu livro Humano, demasiado humano: “Há tensão e paixão que caracterizam aqueles que arriscam deslocar-se para lugares desconhecidos, desafiam verdades prontas, movem-se em busca de conhecimentos novos, viajam pelo conhecimento. Aquele que pretende apenas em certa medida alcançar a liberdade da razão não tem durante muito tempo o direito de se sentir sobre a terra, senão como um viajante – e nem sequer como um viajante que se encaminhe para um ponto de chegada; pois este não existe. Terá em vista, isso sim, observar bem e manter os olhos abertos para tudo o que realmente se passa no mundo; [...] é necessário que nele haja sempre algo de viajante, cujo prazer reside na mudança e na passagem”.
Acrescento minha experiência pessoal ao comentário de Nietzsche, com a poesia existencial de Clarice Lispector, e encerro esse memorial.
“Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”
E creio que, nos caminhos por onde andei, o chão ficou cor-de-rosa.






PRIMEIRA LIÇÃO


Na escola primária
Ivo viu a uva
e aprendeu a ler.

Ao ficar rapaz
Ivo viu a Eva
e aprendeu a amar.

E sendo homem feito
Ivo viu o mundo
seus comes e bebes.

Um dia no muro
Ivo soletrou
a lição da plebe.
E aprendeu a ver.

Ivo viu a ave?
Ivo viu o ovo?
Na nova cartilha
Ivo viu a greve
Ivo viu o povo.


(Lêdo Ivo)
Postado por Rosa Maria Olimpio às 05:27

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Aos formadores baianos!

Meus queridos,

Acordei em mim a palavra saber e a trouxe para dar de
presente a vocês.
Saber faz-me pensar em sábio, sabedoria, vivência...
Saber não está contido somente nos livros ou na escola.
Saber se acumula! (Não gostei dessa palavra.) Acumular parece algo difícil de carregar, pesado.
Saber é flor que colore a vida vai virando frutos e os frutos se multiplicam, amadurecem, ficam doces, saborosos.
Saber e sabor confundem-se com o riso, com a lágrima, com o nascer do sol, com o pôr do sol...
Saber é sabor de beijo, de desejo. Saber e sabor se descobrem no luar, na chuva, no frio, no desafio.
Saber não pode ser fechado no quarto escuro da vaidade ou do egoísmo. O saber deve servir para fazer o sábio mais feliz e que sabiamente, ele possa fazer o outro mais feliz.
Meus sábios e queridos educadores, essa palavra que acordei em mim e entreguei as vocês, deseja encontrar abrigo em outros corações. Os sábios florescem caminhos, desenham destinos.
Meus amados, acordem em vocês outras tantas palavras e caminhem presenteando pessoas ao longo do caminho. Palavras que cruzem rios, mares e cheguem ao lugar mais nobre e sublime a que se pode chegar: na alma, na vida das nossas crianças e de nossos jovens.
É esse o objetivo do GESTAR.. Cada um de vocês é portador da palavra que há de transformar o destino e desenhar novos caminhos e novos jeitos de caminhar das crianças e dos jovens de nosso país.

Meu afeto,

Rosa Maria Olímpio

quinta-feira, 16 de julho de 2009

GESTAR UM NOVO JEITO DE CAMINHAR

O Gestar é um programa que está se concretizando porque conta com uma equipe integrada e que partilha dos mesmos propósitos. A começar pelo Ministro da Educação e seus cooperadores no MEC. Como parceira, a UnB, coloca a serviço da formação continuada sua equipe de formadores e gestores. Embora se complementem, e todas contribuam para o êxito do programa, cada área tem a sua especificidade.

O Prof Dioney Moreira Gomes é o Coordenador Nacional do GESTAR de Língua Portuguesa, responsável pela parte pedagógica desse programa.
Exerce sua função com seriedade e ética. E o que mais importante: incentiva e valoriza o trabalho do formador.
Às vezes o trabalho dele é confundido com as questões administrativas que não é a esfera de competência dele, por isso, muitas mensagens que nos chegam nesse sentido são repassadas àqueles que podem esclarecer as questões colocadas, no seu âmbito de atuação e não a ele.
Assim sendo, é necessário lançarmos nosso olhar para as questões pertinentes ao sucesso do GESTAR em seu objetivo: chegar ao aluno e transformar os rumos da educação, destacando a autonomia de seus agentes nesse processo. Nesse aspecto temos total apoio do nosso coordenador.
Contudo, sabemos que o objetivo só será alcançado com o trabalho dos formadores locais e dos professores cursistas.
Nosso agradecimento ao apoio do Professor Dioney, que tem dado todo o suporte pedagógico necessário à consecução de nossa tarefa e nosso agradecimento a cada formador que tem desempenhado seu papel de educador com criatividade e sensibilidade.

Rosa Maria